domingo, 31 de janeiro de 2016

Sobre cozinhar apenas para si mesmo durante o intercâmbio

Sobre cozinhar apenas para si mesmo durante o intercâmbio

Bem, eu sei cozinhar, mas não sou daquelas pessoas mais chegadas a cozinhar. Na verdade, cozinho quando preciso, necessito, não posso deixar de fazer mesmo...



Escrevi o relato a seguir para que entendam melhor minha relação com a química dos sabores e temperos durante a mobilidade acadêmica em Covilhã:

Imagine que você lembrou de uma comida que gosta, uma do dia a dia mesmo, por exemplo purê de batatas + carne moída bovina + arroz + tomate (salada). Viu que tem quase todos os ingredientes e resolveu fazer! Importante destacar que é carne moída bovina, não suína! Em Portugal é mais comum comer carne suína do que bovina (é cultural e a carne suína é mais barata que a bovina), inclusive existe carne moída suína para vender nos mercados. Os portugueses falam "carne picada" em vez de "carne moída". 
Agora imagine que ficou com preguiça, estava com muita fome e resolveu comer um sanduíche e uma fruta para amenizar a fome, pois a refeição ainda demorará a ficar pronta (afinal, você ainda nem foi para a cozinha começar a preparar!).
Imagine que ficou saciado e te chamaram para sair. Bem, cozinhar ficou para amanhã. Você acordou tarde e tem um milhão de coisas para estudar, comeu cereal e sanduíches durante o dia... Cozinhar ficou para amanhã, novamente.
Bem, fome de “comida de verdade” bateu fundo... Você constata que precisa mesmo ir cozinhar... Junta os ingredientes e descobre que faltam alguns, mas sem problemas, você pode substituir tudo por linhaça, como está na moda agora hahaahahaha (brincadeira, nada de linhaça! Xô!)
Ah, esqueci de falar que quase todas as suas poucas louças estão sujas, então tem que lavar tudo antes de começar a cozinhar.
Pronto! Louças lavadas, ufa!
Agora imagine que começou a cozinhar, foi tudo tranquilo, quase queimou o arroz, mas não queimou, você conversou com os outros estudantes na cozinha, ouviu música, esqueceu de colocar alho na carne, papeou mais, tropeçou em alguém, derrubou água no chão e óleo na pia... Enfim, refeição pronta.
Imagine que você olha para o prato, não está bonito como fica a comida da sua mãe e da sua irmã, mas está comestível, afinal, arroz “paposo” “unidos venceremos” ainda é arroz, carne moída com poucos temperos ainda é carne moída e as batatas estava difícil de errar, só na quantidade de manteiga... ops, colocou manteiga demais. Ainda bem que o tomate já estava pronto! Era só cortar... Da próxima vez tenta cortar só o tomate, deixa os dedos inteiros, ok?
Novamente olha para o prato pronto... Espera! Coloca batata palha e catchup. Agora sim o prato está lindo!!! Acompanhado por chá gelado fica melhor ainda J
#partiu #aoataque #devorar
Mas, antes tira foto! Manda para a mãe, os tios, o grupo da família, o Twitter, Facebook, Snapchat...
É claro que você fez o equivalente a umas 3 ou 4 porções, afinal não vai querer ficar cozinhando todos os dias!
Ai, ainda tem que lavar as louças... Affs, deveria ter comido sanduíche ou cereal L




Observação 1: Mãe, vou te contar um segredo: na verdade é uma situação totalmente fictícia! Tudo fruto de observação dos demais intercambistas!

Observação 2: Menu fictício, pois não há como fazer purê de batatas, os mercados não vendem leite em pó!
~ Não entendo qual o motivo disso!!! L ~

Observação 3: Na verdade uma curiosidade, não há batata palha na Alemanha!
~ Não entendo qual o motivo disso!!! L ~

Observação 4: Escrevi o texto enquanto jantava “comida de verdade” hahahaha

Observação 5: Viviane, viu que tem salada no exemplo né? hahaha Amiga, te amo <3



Obrigada pela visita!

Beijinhos!

Thaís





Nenhum comentário:

Postar um comentário